quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fazendo escolhas

Há pouco tempo, eu participava de uma reunião de pais na escola onde meu filho estuda, quando num determinado momento, surgiu uma enorme discussão sobre a escolha dos livros a serem lidos pelas crianças. Uma das mães estava indignada com a indicação de um deles, argumentando que o conteúdo não era nada apropriado para crianças daquela faixa etária. Saí dali pensando no que seria uma verdadeira relação de parceria entre escola e família. Na minha opinião, ela só é possível quando há, de um lado, um projeto psicopedagógico claro da escola e de outro, pais confiantes neste projeto. Entre tudo isso, a definição dos papéis que cada um deve desempenhar dentro daquele ambiente, sem que um invada o espaço do outro. No exemplo da escolha dos livros, este é um papel que cabe exclusivamente à escola. E por um motivo muito simples. Ela jamais conseguirá agradar a todos. Precisa, portanto, fazer escolhas coerentes com o seu projeto e não com a infinidade de crenças que existem ali. É claro, que em momentos apropriados e de maneira adequada, os pais podem dar seus argumentos a favor ou contra, mas sem a expectativa de serem atendidos. Eu adoraria, por exemplo, que a avaliação numa prova de Matemática, levasse mais em conta o caminho percorrido pelo aluno, ao resolver cada exercício do que o resultado final. Só que preciso aceitar a forma como esta avaliação é feita na escola que escolhi para meu filho. E aceitar não implica em concordar.

2 comentários:

  1. Por falar em escolha, no quesito mulher, já fiz a minha. você. Parabéns pelo blog e benvinda, agora sem hífen, depois da nova reforma ortográfica (mais uma!)

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