sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Os famosos bilhetinhos

Os professores enchem as agendas dos alunos com bilhetes? Esta é mais uma das perguntas que raramente os pais se lembram de fazer na hora de escolher uma escola para os filhos. Parece uma bobagem, mas atitudes assim causam um grande mal estar para todos, e há razões para isso. Quando um aluno se comporta de forma inadequada em sala de aula, por exemplo, é o professor que deve tomar as medidas cabíveis e, no momento em que tal comportamento ocorre. Quando manda um bilhete para relatar aos pais o que houve e pedir a eles que conversem com o filho, está prejudicando a relação com a família e deixando de cumprir um papel que, naquelas circunstâncias, só cabe a ele. Embora escola e família tenham a educação de crianças e adolescentes como grande objetivo, seus papéis são bem diferentes. A missão dos pais é oferecer aos filhos as condições favoráveis para que aprendam a viver. E fazem isso num espaço que é privado e que tem regras muito particulares e diferentes das de outras casas. Na escola, as normas e regras são outras ainda e comuns a todos os alunos, já que se trata de um espaço que é público. Desta forma, uma boa parceria entre escola e família só é possível se os papéis que cabem a cada uma, estiverem bem claros e assumidos. Os pais precisam apoiar as medidas educativas que, porventura, professores ou coordenadores venham a tomar. A escola, por sua vez, não pode lavar as mãos, deixando aos pais toda a responsabilidade pelo comportamento que seus filhos apresentam dentro do espaço escolar. É claro que, em muitas situações, o foco do problema está sim na vida familiar. Mas também nestes casos, não é por meio de bilhetinhos que a escola vai construir, com sucesso, uma parceria com a família. Mas sim, por meio de uma boa conversa, incluindo, quando possível, o próprio aluno. A vida escolar dos filhos deve ser acompanhada pelos pais com cuidado e interesse, mas até um limite. As crianças precisam conquistar autonomia e isso só será possível, se precisarem assumir a própria vida. E assumir a própria vida inclui ter que dar conta das consequências de seus atos, sem a presença intensiva da família. Se, por um lado, a escola insiste em responsabilizar os pais por tudo e estes, por outro, insistem em interferir em tudo, o tempo todo, nenhum deles está trabalhando em favor das crianças.

4 comentários:

  1. Seu blog está cada dia melhor! Tenho orgulho da minha companheira de quase 15 anos! Te amo.

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  2. É verdade e veja bem, não sou seu companheiro de quase 15 anos !!! KKKKK
    bjos

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  3. Ah, fiquei te devendo uma explicação; Não dá para deixar "azulzinho" no título do post, só no corpo, tá?

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  4. O que seria do meu blog sem vcs hein???
    Piru, nem no corpo do post a gente conseguiu deixar "azulzinho". Vou tentar de novo. Bjs.

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