domingo, 9 de maio de 2010

Às mães


Para Sempre
Carlos Drummond de Andrade


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

2 comentários:

  1. Querida! ADORO esta poesia! Hoje apesar da imensa felicidade de estar presente para meus filhos, sinto uma saudade imensa de minha mãe. Ler "Para Sempre" no seu blog fez o dia ficar mais suave.
    beijos e feliz dia das mães

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  2. Bela homenagem!!!É muito lindo este poema!
    Foi muito bom o meu dia,com filhos amados,
    e todos os que me são muito caros.
    Obrigada SENHOR!!!
    Obrigada filha!!!
    Um beijo,querida mãezinha.

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