terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um comentário

Eu não pensei que pudesse causar reações tão desproporcionais com uma postagem, como aconteceu com a última. Em primeiro lugar, pela falta de relevância deste blog. Recebo apenas as visitas fiéis de todos os dias: mãe, marido, filho e alguns poucos amigos. Em segundo, pela certeza de que não havia nada de ofensivo ou desrespeitoso no meu texto, que pudesse provocar tais reações. Eu apenas falava sobre parte de uma palestra proferida por uma professora da Unicamp. É claro que ao divulgá-la aqui, de certa forma, tomo uma posição. No mundo da ciência, tomar posição é direito de todos nós. Da mesma forma que é dever, respeitar aqueles que defendem uma idéia diferente da nossa. Quase todos os comentários deixados neste "post" (a grande maioria de pais e mães de crianças com diagnóstico de dislexia) foram agressivos, desrespeitosos e ofensivos. E o mais curioso é que, as duas posições, opostas no que se refere ao conteúdo das idéias, estavam exatamente de um mesmo lado, no que se refere ao objetivo maior: a busca da melhor maneira de atender às reais necessidades de crianças que apresentam problemas no desempenho escolar. No entanto, ele (o objetivo) ficou perdido no meio de tantos ataques. Uma pena.

34 comentários:

  1. Perfeito o seu comentário.Que bom que vc retomou o seu direito de escrever e posicionar-se.Gosto de sua forma de expressão.Não nos deixe esperar muito.
    Um beijo.

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  2. No mundo, minimamente democrático, tomar uma posição é direito de todos. Jamais se sinta constrangida por tomar as suas. Espero que surjam outras vontades de contar e de expressar suas idéias e que você continue com o blog do jeito que bem desejar.

    De minha parte, que não lhe conheço, desejo ânimo e tranquilidade para que as idéias floresçam!

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  3. Há uma questão que há muito tempo me incomoda... Qual sera a vantagem em se ter uma, ou duas, corcovas. A dúvida é a mãe da ciência. Siga em frente. Você não está sozinha.

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  4. Não acho que os comentarios foram agressivos! Vcs estão achando isso agressão?!?!? O que dizer de uma professora que se refere ao aluno como "LESMA", "PLANTA", "ENFEITE DE SALA"...Isso é elogio?????????? Pode ter certeza que é mais que agressão! E é isso o que nossos filho ouvem das pessoas que deveriam orienta-los! Pelo que vi seu blog nunca teve tantos comentários!!! Mas postando certos comentários, "estudados" de um lado só, vc não tem nada a acrescentar!
    Só vai impressionar o seu própio publico!
    Vc já tem filho? Sobrinho? Afilhado? Então reze muito pra não ser portador de nem um desses trantornos pois aí só sentindo na pele é que vai saber do que todos nós estávamos falando!

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  5. Carla, se a professora que ensina seu filho se refere a ele com um desses epítetos, é claro que ela deve ser repreendida. Porém, nada vi nem nesse texto nem no anterior que dê a entender que a Alexandra tenha apoiado isso.

    Além disso, para mim fica claro que a Alexandra não é contra quem é diagnosticado, ou goste menos de quem o seja. Ela só sugeriu mais uma hipótese que também deve ser considerada, e o fez em benefício das pessoas.

    Despejar a carrada de ofensas que vocês proferiram simplesmente pela sugestão de uma alternativa diferente ao entendimento da dislexia não ajuda ninguém.

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  6. Quem defende a nao existencia da dislexia, tdah e afins e diz que o circo da camara municipal e quem fez o monólogo foi "brilhante", só posso pensar que "apoia"!!!!
    Tres perguntas Zarastro: Voce assistiu ao seminario? Conhece alguém com dislexia ou qquer dos trantornos falados no seminario? Conhece a palestrante?
    Um abraço!

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  7. Eu estava lendo o texto da Maria Inês Nassif abaixo:
    "O udenismo pode ser definido como uma ação política firmada num discurso de muita agressividade, em que a retórica moral é tornada pública, reiterada e repetida de modo a tornar-se impositiva, um padrão que deve ser aceito como uma verdade para todos. O discurso é construído com base em interpretações sobre fatos que são refratados sob a ótica do moralismo e que quase nunca expressa com o seu exato tamanho, mas de forma muito amplificada, de acordo com a necessidade de propaganda política. A construção do discurso é, assim, emocionalizada - é pela raiva que tenta a adesão ao discurso."
    O interessante é como essa construção vira um modus operandi reproduzido em várias outras esferas da vida. E assim, e esse era o tema subjacente no texto da Maria Inês, rompe-se a possibilidade de diálogo entre posições até mesmo minimamente antagônicas. Busca-se converter todos, não convencer alguém.

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  8. Minha Nossa!!!! será que cheguei tarde? Li todas as postagens aqui e senti muito pelo vazio que nós, mães , pais de crianças diferentes nos encontramos num mundo onde, apesar do discurso, as diferenças não são bem vindas. Tenho um filho de 15 anos, também diagnosticado como portador de Dislexia pela ABD, e como a maioria dos pais percorri um caminho muito longo, dificil, caro e sofrido pra entender o que acontecia com o processo de aprendizagem dele. Até hoje, apesar do diagnóstico, também como a maioria percebo que a maior parte do corpo diciplinar das escolas não tem a menor idéia do que é ter um aluno dislexico na sala de aula. Nos tempos atuais falamos bastante de inclusão, mas estamos muito longe de ter modelos que consigam respeitar a todos. Me solidarizo com os sentimentos das pessoas que postaram. No entanto, não li no texto da Xan, que deu origem aos comentários nada que me aborrecesse, chateasse, desrespeitasse.
    O que acontece é que a DÚVIDA tão saudável no desenvolvimento das idéias e das ciências, que é geradora de novas questões e de novos olhares, quando recai sobre o individuo, ÚNICO, e solitário parece um monstro de mil cabeças.
    Como mãe fui atrás de um diagnóstico, passei por 4 neurologistas pediatras, 3 psiquiatras, 2 psicólogas, 2 fonoaudiólogas, pagamos exames, pagamos pelos testes da ABD. Passei pela experiência de ouvir de uma coordenadora da escola Móbile , acho que em 2000, que meu filho não apresentava o perfil que a escola pretendia ter. De uma psiquiatra que talvez ele tivesse retardamento mental, de uma psicóloga que ele poderia ter algum grau de autismo. UFA!!!! É só dislexia! Pelo menos por hora.
    E até hoje, numa escola onde a tal diferença e diversidade também são temas de abordagem na apresentação pedagógica da mesma, percebo a dificuldade dos professores em o avaliarem sem ser na formalidade das provas escritas.

    Sou completamente a favor do diagnóstico de todos os transtornos, de apontar, de ver e rever todas as diferenças que a humanidade é capaz de produzir, acho, ao contrário de muitos, que falar, mostrar, conversar e saber sobre as diferenças nos torna melhores e não mais preconceituosos.
    Xan, sem a menor dúvida acredito que a Dislexia, esta forma diferente do cérebro funcionar, EXISTE. Pode não ser um transtorno, pode ser uma doença tratável com medicação, pode até ser que sejam a maioria dos cérebros e os “normais” a minoria, ainda não sabemos. Mas há um padrão diferente e ele não cabe na nossa sociedade como ela esta. Vamos lá! Discutir e CUIDAR com muito carinho destas questões. Eu agradeço você colocar a dúvida e a minha alma agradece poder falar um pouco do assunto. Grande beijo. Adoro como você escreve, e sei o quanto você respeita as diferenças.

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  9. Oi Luisa, obrigado pot abrir o diálogo!

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  10. Lamento informa-la que no mundo da ciência não se emite opiniões pessoais e nem se assume posturas individuais.

    Este foi o seu grande equivoco.

    Ciência é hipotese,metodo, pesquisa, comprovação e validação, ou seja, se 1000 pesquisadores no mundo inteiro efetuarem a mesma pesquisa, o resultsfo será idêntico.

    A isto chama-se COMPROVAÇÃO CIENTIFICA!

    Já imaginou se amanhã alguém resolbe emitir a opinião pessoal de que a esquizofrenia é uma invenção da Industria Framaceutica?

    A Ciência não se alimenta se opiniões pessoais, posturas ou questões subjetivas.

    Sugiro ler um pouco de METODOLOGIA CIENTIFICA para entender o que se trata DIAGNÓSTICO NEUROBIOLOGICO DO PONTO DEV VISTA DA CIÊNCIA e porque o mesmo é IRREFUTÁVEL.

    Boa sorte na sua leitura. Será com certeza esclarecedora

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  11. Anônimo,
    A professora questiona justamente a metodologia. As pesquisas existentes utilizam instrumentos de leitura e escrita para confirmar o diagnóstico de um transtorno neurológico que compromete APENAS leitura e escrita. Essa é a grande questão que ela nos coloca. Acho até bem provável, que os resultados de algumas destas pesquisas sejam encontrados pelos 1000 pesquisadores. O problema estaria então na metodologia e não na comprovação. Isso faz algum sentido? Eu não sou pesquisadora e por isso estou realmente interessada em entender como funciona. Outra pergunta: ninguém pode questionar a metodologia de uma pesquisa? Quem pode fazer isso? Obrigada.

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  12. Alexandra,

    a Filosofia da Ciência questiona as metodologias. Aliás, questiona a própria noção de "ciência". Tenho a impressão, pela qualidade de seus escritos, que você já sabe disso. Para os seus antagonistas, que parecem não ter notícia disso, sugere-se a leitura de autores como Karl Popper, Thomas Kuhn, Hugh Lacey, além de leituras mais óbvias de filósofos como Francis Bacon, René Descartes, David Hume, Immanuel Kant.

    A leitura desses pensadores deve causar algum desconforto nessas pessoas que escolheram o seu blog para fazer circular um gozo que qualificaremos "miserável". Essa leitura desarticularia o sentido que encontraram para dar conta do inexplicável, paradoxal e trágico.

    Admirável sua paciência nas respostas.

    Existe um debate recente sobre a inclusão, ou não, de um fenômeno que por ora recebe a designação de Body Identity Integrity Disorder. Tratam-se de casos em que os pacientes demandam a amputação de membros saudáveis. A questão é se essa "desordem" deve ser incluída na próxima edição do DSM, e se a realização de amputações pode ser a conduta terapêutica indicada nesses casos.

    Uma apresentação interessante do problema está no artigo "A New Way to be Mad", do médico e filósofo Carl Elliott, publicado na Atlantic Monthly e disponível na web.

    Essa discussão deve ampliar o repertório de alguns para pensar e experimentar a questão dos diagnósticos na medicina moderna.

    Não consegui colocar o link para o artigo nesta resposta, mas basta buscar o nome do autor no Google para ter acesso ao texto.

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  13. Porra Stelião, valeu! Agora vamos as letras e depois mais um pouco de discussão. Abraços a todos.

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  14. A new way to be mad na Atlantic,
    http://www.theatlantic.com/doc/200012/madness

    Ainda não li. Casos estranhos, mas não percebi a ligação.

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  15. Olá, Alexandra!

    Interessantíssimos o tema e a discussão.
    Essa dúvida colocada sobre o diagnóstico da dislexia é muito pertinente. Em todos os campos de conhecimento da humanidade essa dúvida se coloca. Afinal, o que é isso, o que é aquilo, o que é você, o que você tem? Mas você tem certeza? Falou com outro médico? Será que não é gripe tipo A? Cuidado, você pode morrer!
    (a gripe não tipo A, a gripe simples, mata mais...).
    O conhecimento humano, representado aqui pelo conhecimento médico, evolui, nas úlimas décadas, muito rapidamente. Nomes de doenças mudam, conceitos são redefinidos, tanto em casos objetivos como doenças definidas- por um exame anatomo-patológico direto, por exemplo- quanto aquelas com um teor subjetivo, como a depressão e outras doenças psiquiátricas ( ou seriam neuro-psiquiátricas?).

    Eu convivo com um disléxico, poderia ser o título de um livro barato de auto-ajuda para pais e mães. Ganharia algum dinheiro. Mas é real; eu convivo, e muito bem, claro, não seria a dislexia um impeditivo para a boa convivência. Muito pior seria se fôssemos, sei lá, orgulhosos, egoístas, egocêntricos, com visão limitada da vida, intolerantes, racistas.

    Mas as questões colocadas, afinal, são:

    Serão todos os disléxicos realmente disléxicos?
    Digo que com certeza, não. Pelo projeto apresentado pelo vereador Juscelino Gadelha, creio que haverá grandes distorções, muitos vieses (confesso que tiver que consultar o dicionário para saber se estava correta a palavra), a maioria já citados pela blogueira.
    Conheço várias pessoas que dizem ter tido pneumonia e na realidade não a tiveram. Posso dizer como pneumologista que sou. Conheço várias pessoas, médicos inclusive, que lêem sobre doença de tal, e se dizem portadores. Na verdade, qualquer um de nós poderia se encaixar em muitas, mas muitas doenças mesmo.

    Acredito que a dislexia existe. Mas também acredito que a dislexia deixará de existir para muita gente com o passar dos anos. E também acredito que a dislexia existirá erradamente para aqueles que nâo a têm. Várias crianças com outras causas de dificuldade de leitura,causas às vezes tão básicas e óbvias, como seu contexto sócio-familiar, ou mais amplamente, o próprio contexto político-econômico do país, vide Arruda. Quantos desses potenciais "disléxicos" não seriam grandes leitores e tudo mais, se houvesse melhores condições de vida?

    Podemos especular e até apontar que a dislexia será um dia diagnosticada sem dúvidas metodológicas e científicas. Acredito que ainda levará algum tempo.
    Mas dislexia e déficit de atenção são a onda do momento, e sendo assim, erros acontecerão nós próximos anos, como já aconteceram, e acreditem, sempre irão acontecer.

    Espero, sem ser piegas, que a discussão sirva para progredirmos como seres humanos, e que levem a novos conhecimentos e novas idéias.

    " ...prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."

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  16. Estou gostando de acompanhar o debate agora. Alto nível é outra coisa. Parabéns a todos!

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  17. Coletânea queixas sobre dislexia.

    A dislexia, relatada por meu filho (19 anos cursando 1ª série ensino médio), além de outros disléxicos adultos ou pais destes, infelizmente para nós os sintomas que vou relatar não estão nos livros, este transtorno não se resume a um simples problema de leitura e escrita.
    Vou transcrever o que consideramos ser, ou vir da dislexia, apesar de não haver uma padronização entre seus portadores, cada um apresenta uma forma diferente de conviver, ou superar algumas diferenças no seu processo de cognição, entre eles também diferem alguns sintomas e sua intensidade sendo a maior queixa de todos a dificuldade de memorização, o fato é que muitos sintomas não estão descritos na literatura médica, mas nós pais percebemos, ou os disléxicos nos relatam.
    ASPECTOS GERAIS.
    Apresentam dificuldades durante todo o processo de alfabetização e “permanecem tendo muitas dificuldades” de leitura, escrita, cálculo, de memória, de organização, seqüenciação, concentração, morosidade, tem dificuldade ou não aprendem um segundo idioma, não lêem relógio analógico, sentem dificuldade de organizar textos longos e cansa-se com facilidade nas tarefas escolares, em toda sua vida estudantil. O que um estudante considerado “normal” aprende em uma hora de estudo eles multiplicam este tempo por três ou quatro. Empreendem muito esforço para aprender o abstrato, sendo mais fácil a memorização quando concretizamos o assunto a ser ensinado.
    ESCRITA
    Ao escrever um texto cometem erros de grafia, com a inversão ou omissão “sempre dos mesmos grafemas” é incapaz de percebê-los no momento, (quanto mais avançam), ao reler, “às vezes” conseguem perceber um vocábulo grafado erroneamente, “às vezes, nem todas as vezes”. (preferem usar o word para escrever, erros lhes causam constrangimento, mas tem uma palavra que o word não corrige dislexia=dislexo),
    LEITURA
    A leitura é lenta, sem fluência, entrecortada, sem compreensão do que se lê. Quando o texto é grande em dado momento, as palavras travam, “parece
    continua...

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  18. fadiga”, e o jovem adulto é obrigado a parar até que recorde os sons dos fonemas, seqüencie-os, e recorde a palavra, e para que o texto lido tenha sentido, é obrigado a voltar, por três, quatro vezes no mesmo parágrafo. Livros memorizam com mais facilidade quando lido em voz alta, clara, e com entonação. Muitos preferem filmes dublados em português, as legendas são muito rápidas, e alguns têm que ver o filme mais de uma vez para compreender, (muitos usam leitores Delta Talk quando a leitura já os levou a exaustão
    FALA
    Muitas vezes o disléxico deseja falar determinada palavra, sabe a palavra, mas acaba por pronunciar outra e percebe o engano na hora, ou ao pronunciar uma palavra muito grande há uma interrupção quase imperceptível, mas ocorre uma parada no meio da pronúncia, não pode ser considerada gagueira.
    E no momento não me lembro de outras queixas por que são muitas e cada um relata com suas palavras, seriam comorbidades, má vontade, manha, ou o gosto de ser diferente do meio em que vivem? Porque muitos na idade adulta tentam esconder sua dislexia? Já que alguns sintomas podem ser minimizados, mas não eliminados, causando frustração, sentimento de impotência.
    PROCESSAMENTO AUDITIVO
    Em ambientes com sons competitivos (sala de aula, colegas falam auto, brincam, sons externos de veículos, etc...), o disléxico tenta prestar a atenção na fala do professor(a), mas devido a não conseguirem separar sons, não conseguem entender bem o que diz o mestre(a), para alguns é como se a professora falasse em uma língua que eles desconhecem.
    PROCESSAMENTO VISUAL
    Acredita-se que acomete de 40 a 50% dos disléxicos, apesar de muitos alegarem não existir provas científicas ela é real, e pesquisas do processamento visual na dislexia já se iniciaram. (esta semana foi lançado no Brasil o livro “FUNDAMENTOS DE NEUROLOGIA NA VISÃO”, de vários autores, um deles é o professor da USP Dr. Prof. Leandro Rhein. Da Apresentação do livro: "Este livro contém explicações interessantes sobre a linguagem das bases neurais da visão, a criação de classes e recursos mais avançados como instrumental ortóptico. Além disso, apresenta um formato de perguntas e respostas, tornando possível o uso do poder e da riqueza da neurologia da visão sem a necessidade da ferramenta de aprofundamento em textos clássicos e complicados. E objetiva possibilitar que profissionais da visão iniciantes tenham contato com a tecnologia de bases neurais da visão possam efetivamente utilizar o aprendizado para expandir seus conhecimentos no desenvolvimento de suas habilidades clínicas").
    continua...

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  19. SINTOMAS RELATADOS POR DISLÉXICOS
    Sentem-se desconfortáveis e confusos com linhas, (faixa de divisão de pistas, e de pedestres no transito se movimentam), mal estar com grades, tecidos xadrez ou listrados, (alguns comparam a uma leve labirintite) as letras mancham, borram ou se movimentam chegando a girar em círculos, mas tem a visão 100% normal ou apenas usam óculos para corrigir problemas oftalmológicos, o problema não está na qualidade da imagem captada, mas no processamento destas imagens que ocorre no cérebro, as distorções acontecem quando o cérebro recebe a informação da visão, processa e devolve a imagem distorcida. Por isso oftalmologista não relaciona visão com dislexia, o exame deve ser feito por um ortoptista, (http://www.ortoptica.com.br/ortoptica02.htm). No Brasil, com raras exceções oftalmologistas não fazem o exame de Processamento visual.
    Passo a falar só por mim.
    Depois do relato do meu filho, de como ele entendia a fala em meio ao barulho, e de como as letras se movimentavam, outros vêm relatando sensações idênticas, fico imaginando como minha criança sofreu com as palavras cruzadas, e o caça palavras com as linhas e letras em movimento, efeito do processamento visual (ele odiava, ficava nervoso e agressivo, só agora entendo) Imaginem o que é estar dentro de uma sala de aula 4 horas ou mais por dia, sem entender uma palavra do que a professora diz, ele tinha que se rebelar, e agredir mesmo, e quase foi diagnosticado como TDAH por esse comportamento, na época chegaram a receitar Tegretol para ele e tivemos uma trégua, mas depois da agressividade ele passou às lágrimas, choro demasiado tanto para ir à escola, quanto no tempo em que lá permanecia. Só hoje posso compreender esses comportamentos. Nenhum psicólogo foi capaz de identificar depressão em seu quadro, era “manha”.
    São esses problemas que acreditamos ser ou vir da dislexia, e que não estão na literatura, mas que nós pais detectamos através do relato dos disléxicos adultos.
    No caso do meu filho após tratamento adequado do PAC (estudado por pesquisadores da UNICAMP, que possui Centro de Excelência de diagnóstico e tratamento da dislexia e TDAH) e Processamento Visual, eu perguntei por que você nunca se queixou? Ele respondeu: Porque pensei que ver desta forma era normal, que todos enxergavam como eu. E o mesmo com relação à audição.
    Quanto à confusão na audição das palavras ele disse, eu não sabia nem definir direito agora que estou entendo, porque posso definir alguns sons, e de fato, ele diminuiu muito as perguntas: o que? Heim? Como? e está mais ágil nas respostas.
    continua...

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  20. Quero ressaltar que só descobri estes dois tratamentos, que foram eficazes na melhoria da qualidade de vida do meu filho, no ano de 2007, para uma mãe muito tarde, ele já havia completado 17 anos.
    O que fazemos hoje é trocar informações com outros pais, com o objetivo de que outros meninos não venham a sofrer o que os nossos sofreram. Muitas mães vêm notando bons resultados com suas crianças depois do tratamento do PAC e do Processamento Visual. Apesar de persistirem as dificuldades essas se tornam mais suaves, melhorando a qualidade de vida dos nossos filhos. E todos nós ganhamos porque sabendo o que acontece podemos compreender muito o porquê do comportamento das nossas crianças que colecionam fracassos escolares sem que sejam compreendidos e assistidos por quem quer que seja.
    Quero ainda deixar claro que notei diferença nos olhos do meu filho aos três meses de idade, e o oftalmologista, disse que era um estrabismo insignificante, que passaria com o tempo, notei diferença no seu comportamento, isolava-se quando começou a brincar, e na fala substituía palavras por outras como por exemplo: cobertor = tintim / mamadeira = dedela / etc... nós sempre buscando resposta às diferenças que observávamos, todos os profissionais, pediatras, psicólogos, e fonoaudiólogos diziam que era normal, que passava conforme ele avançasse na idade. Mas não passou.... Acham que é pouco???
    Tenho cadernos desde a alfabetização, (antigo maternal já que foi nesse período que os problemas pioraram) exames confiáveis de consciência fonologócia, processamento auditivo central, e processamento visual que provam o que escrevi. Além do que nunca fui mãe de passar mão em cabeça de filho, quero dizer que meu filho disléxico teve as mesmas oportunidades que os outros dois filhos que nunca tiveram problemas escolares, pelo contrário, são brilhantíssimos na escola, e gostaria muito que a nossa grande cientista palestrante provasse que eu eduquei , amei ou alimentei, um filho menos que os outros dois, e que os exames médicos que tenho estão errados, ou foram mal feitos, ou não tem nenhuma validade científica, eu convido a quem desejar contestar um a um todos os documentos que possuo inclusive atestados médicos..
    Que fique claro, o que desejamos e esperamos são práticas pedagógicas específicas para o transtorno que possibilite ao disléxico seu desenvolvimento intelectual, visto que todos são inteligentes. E das outras ciências, esperamos respostas eficazes para os demais problemas.
    Não buscamos o sentimento de pena ou dó, eu não nutro isto pelo meu filho, eles não são doentes ou incompetentes, dependem sim de uma forma diferenciada para adquirir conhecimento acadêmico, e avaliação adequada. Mas não assistiremos passivos alguns profissionais dizerem que estamos mentindo, que meu filho é enganador, depois de dezenove anos ainda vir gente negar o que passamos meu filho e nós? Se ele está cursando o ensino médio é por causa do esforço de toda a família em ensiná-lo, e dele com uma força de vontade sobre humana em aprender e superar suas dificuldades.
    continua...

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  21. Os profissionais têm como obrigação ética e social tratar do assunto com seriedade, elaborar pesquisas científicas que nos respondam, e melhore a qualidade de vida dos que sofrem, não contestar simplesmente por contestar, ou fazer palestras baseando-se apenas em dúvidas de poucos, nossa brilhante cientista, não mencionou as pesquisas recentes que envolvem áreas do cérebro responsáveis pela leitura e escrita, por isso, entendo que o objetivo da palestrante, tem motivos ocultos, como vender livros, ficou claro ao terminar as respostas aos pais, ela disse “serão lançados dois livros”, mas antes de publicar os livros ele devia ter se preocupado em provar o que disse como manda a ciência, sem se esconder atrás de poucos incrédulos para justificar suas crenças pessoais. As ciências se baseiam na experiência de vida das pessoas, ela dá a impressão do inverso.
    Mais uma observação dolado-de-ladodelá.(até já estou gostando de falar com vc. e Alexandra.)
    Se vc. desejar considerar que estou desabafando eu não me importo, o objetivo, é relatar nossa experiência de vida, podendo assim alertar a muitos profissionais, e outros pais que não encontram respostas às dificuldades dos seus filhos,e é uma pena que matérias jornalísticas não procuram a verdade dos fatos. Teríamos motivos para mentir, ou tratar nossos filhos como doentes? Queremos instigar a ciência, e os profissionais comprometidos com a verdade. Não nos interessam aqueles que buscam autopromoção, comercialização da dor alheia, e os corporativistas.
    Há muito que se falar...
    Não pertenço a associações corporativistas, não passo procuração a ninguém para falar por mim, o meu esforço é pessoal e intransferível estarei sempre aberta a quem, instituição ou não, quiser entrar na minha luta, Iremos juntos, O objetivo é conquistar qualidade de vida para os disléxicos e TDAH, por toda a vida deles.
    Não gosto da lista dos gênios, e famosos, basta uma análise na linha do tempo x N° de personalidade, constataremos que muito poucos disléxicos tiveram ou tem essas características de genialidade. Muitos não conseguem vencer suas dificuldades, ou aprendem a conviver com elas, motivos que levam muitos a abandonar a escola, infelizmente associações,tem seus garotos propagandas, alguns poucos portadores deste transtorno que tiveram a sorte de se tornar empresários bem sucedidos ou crianças cujas escolas adotam praticas pedagógicas de apoio ao disléxico,estas não acompanham todos os que são diagnosticados, e no Brasil não temos pesquisas, dos que foram excluídos devido a suas dificuldades.
    Observe também que muitos gênios estão nas listas dos Asperger, disléxicos, e TDAH. (seriam eles colecionadores de trantornos?)
    Outro ponto que concordo, há abusos nos diagnósticos, tanto de disléxicos quanto de TDAH, mas isso seria razão para negar a existência destes dois
    continua..,

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  22. transtornos que afetam SIM a aprendizagem acadêmica, interferindo na socialização dos seus portadores?
    No Brasil a Educação como um todo é um caos, principalmente no que tange a alfabetização e ensino fundamental, a qualidade de ensino é precária e leva muitos à fronteira da dislexia, é culpa dos disléxicos?
    Nos dias atuais, a educação de berço é rara, crianças não conhecem as palavras: não, espere. As permissividades de muitos pais levam crianças a adotar comportamentos agressivos, rebeldes, desafiador, isso leva muitos à fronteira do TDAH, é motivo para negar o transtorno? Não vamos confundir as coisas.
    Fica aqui minha ultima reflexão, porque muitas “APAES” vêm alfabetizando disléxicos com muito sucesso? Procurem saber o método de alfabetização adotado nas APAES, nas escolas de autistas, e Down.
    No meu Estado estão tentando implantar o mesmo método para todos, até para facilitar a inclusão, procure saber se os professores querem aprender, se adequar? De fato o Método Fônico dá um pouco mais de trabalho, e exige maior atenção, e competência do alfabetizador.
    O problema está muito mais no sistema de ensino...
    O disléxico aprende de forma diferente, mas não pensem que ele é preguiçoso ou não gosta de determinada disciplina. Pelo contrário tem uma força de vontade férrea, nas disciplinas criticas, (curioso cada um tem dificuldade maior em determinadas disciplinas) nas disciplinas que tem maior facilidade são nota 10, e são pessoas maravilhosas que empreendem grandes esforços para vencer suas dificuldade pois sabem do seu potencial, e gostariam de ser o nota 10 da escola. Vocês não tem noção de como sua auto estima se eleva com os apoios pedagógicos corretos, o sorriso aparece, sua auto confiança torna-se evidente ,ânimo e relacionamentos melhoram, é outra pessoa. Isso não elimina suas dificuldades de leitura e escrita, memorização, nem melhora as notas das disciplinas que eles têm mais dificuldade etc, é a forma de ensinar e avaliar que faz a diferença, e dislexia não existe?
    Na dislexia existem erros ortográficos que quando bem trabalhados são vencidos, mas existem alguns que persistem, e obrigar um disléxico a escrever sem nenhum erro ortográfico é como obrigar um canhoto a ser destro, isso é uma agressão, porque são erros ortográficos inerentes da dislexia.
    Alexandra muitos pais questionaram a Dra. palestrante na ouvidoria da Unicamp, solicitamos a apresentação de pesquisas na área feita por ela, e cada um relatou seu caso particular, a resposta da eminente Dra. foi coletiva e de uma incoerência, pobreza e nonsense , na falta de argumentação convincente com relação ao nosso assunto ela alegou: “Homossexualismo já foi doença hoje não é mais”, graças a Deus, a ciência não é estática não é mesmo? Na palestra ela parecia tão segura do que dizia, riu, foi irônica, fez da
    continua...

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  23. Câmara Municipal seu picadeiro. Vc. assistiu ao vivo? O CRP-SP editou tão brilhante palestra, uma pena! Será por que?
    Também questionamos o nosso vereador professor, presidente da Comissão de Educação, e reclamamos porque apesar de nossos insistentes pedidos não nos deram a palavra, lembra-se do ficou acertado? No próximo debate seriam convidados especialistas até internacionais, mas quando ele tomou conhecimento que nossos grupos eram recheados de pais, sabe o que ele nos respondeu?
    Que fará outras audiências ano que vem, e ouvirá os pais, e outros médicos especialistas nestes transtornos. será por que? Esse nós podemos imaginar o motivo.... se é que me entende.
    Concluo que todos poderemos ser vítimas de muitos interesses, tanto pais, disléxicos, TDAH, e outros profissionais, que acreditam em cientistas que não apresentam suas próprias pesquisas e provas...
    Eu estou convidando a quem desejar, vir passar uma semana na minha casa no período de aulas, para observar, e comprovar o esforço e a dificuldade do meu filho para estudar... e depois me dirão se dislexia existe ou não.
    fim...
    Espero estar contribuindo, para o debate a que vc. se propôs...

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  24. Eu também estou gostando, e muito! Bem vindos Stelio e Alexandre Anonimo, mas agora que a qualidade do texto melhorou acho que a turma da briga vai se afastar. Pena. Melhor seria a reflexão do tema proposto desde o inicio. "Dislexia Existe?"

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  25. Oi Paulo,

    a ligação entre o artigo de Carl Elliott e a discussão aqui é a questão dos diagnósticos. O filósofo menciona o conceito de "contágio semântico", de Ian Hacking: basta incluir uma nova "patologia" no DSM e aparece uma horda de sujeitos acometidos por essa patologia, especialmente no caso de patologias "da alma". O DSM dá sentido para a vida de muitas pessoas que, instaladas nesse sentido, evitam deparar-se com a dimensão trágica da existência humana. Dimensão a partir da qual, acredito, pode-se engendrar um novo sentido, desarticulador dos dispositivos que sustentam uma ordem que, me parece, tem se mostrado ineficaz em promover o que promete: liberdade, igualdade e fraternidade. Especialmente a liberdade: no limite, devemos ser felizes. Qualquer outra escolha é patológica, e deve ser "tratada" ...

    Será que a dislexia é patológica, ou será que os modelos educacionais são patológicos? Afirmar que a dislexia é uma patologia, de uma certa maneira, livra a cara das escolas, das suas disciplinas, das suas avaliações.

    A linguagem é problemática. Não são só os disléxicos que falham nela.

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  26. Há pouco tempo, eu assisti a uma comédia romântica, em que um dos personagens era extremamente sincero (de forma esteriotipada no filme) e dizia aos outros o que a maioria das pessoas não tinha coragem. Numa das cenas, ele diz que precisa tomar seu comprimido porque descobriram que aquilo se trata de uma patologia e precisa de tratamento.
    Não sou contra diagnósticos e muito menos, contra os tratamentos. Mas acho que certas peculiaridades precisam ser, não toleradas, mas valorizadas como marcas de uma personalidade. E não estou me referindo à dislexia, mas falando de uma maneira geral.

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  27. Ebraga,
    Li com atenção tudo o que escreveu. Mas acho que, em função de suas certezas inabaláveis, você continua se defendendo de ataques que acha que estão lhes fazendo ou aos seus filhos. Em nenhum momento, negamos a existência das dificuldades de seus filhos e do esforço que elas exigem deles. Quando pergunto se dislexia existe, refiro-me à patologia e não às dificuldades com a palavra escrita. Não seria possível negar o que é tão real, não é mesmo? Talvez um bom caminho seja pensarmos mais em dislexia significando dificuldades com a palavra, que algumas pessoas têm pelas mais diferentes razões, e menos nelas (nas pessoas) enquanto seres disléxicos e, portanto, únicos responsáveis. O que pode parecer apenas uma sutileza ou um eufemismo, na verdade é uma questão de olhar. Acho que agora estamos falando dos diagnósticos de uma forma mais ampla e não mais do caso específico da dislexia.

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  28. Ebraga, obrigado por tirar o debate daquele campo fechado em que uns ganham outros perdem.

    Posso estar enganado, mas minha leitura do post original da Alexandra era de uma crítica da dislexia diagnosticada apenas olhando a disfunção de leitura/escrita.

    E isso faz sentido para mim. Se dislexia é um problema mais amplo de compreensão de sentidos, de manutenção de significados para compreensão de uma frase, então não pode ser simplesmente um problema expressado na leitura ou escrita, não tem sentido ser diagnosticado simplesmente analisando a escrita e leitura de alguém.

    Stelioneto, fico lhe devendo um contraponto, percebo a a inclusão de uma patologia no DSM e o surgimento de uma relação explicadora - organizadora de sentido à vida para alguns, mas não posso generalizar por princípio. Só pincelando rápido, uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a generalidade da apresentação da Dislexia como argumento explicador dos problemas com filhos. Não com si mesmo. E não foram os professores ou escolas que disseram, foram os pais. Os pais assumem a explicação da escola como escape explicador da incapacidade de lidar com os filhos? Pode até haver alguns pais que assim o fazem, como a EBraga aponta, mas de novo não podemos generalizar para todos. O problema de disfunção de compreensão existe em algum grau. A questão é o que o define. Pessoalmente não entendo uma separação rígida entre leitura / escrita e audição / fala. Mas fico lhe devendo uma elaboração melhor.

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  29. Paulo Cunha e Luiza.
    Nossa revolta é também por isso, na Cid, a dislexia é tratada apenas como problema específico de leitura, escrita e discalculia, não consideram nossas queixas, ninguém, nem profissionais, nem escolas e professores,procuram saber um pouco mais, e o maior problema da dislexia é que ela não é visível aos olhos. Eu também me indigno quando tratam a dislexia apenas como um problema de leitura e escrita, ÑÃO É.
    Meu filho por exemplo, abre mão do lazer para estudar. Faz um esforço sobreumano e muitos professores não compreendem,suas notas não correspondem ao seu conhecimento, ele aprende ouvindo e deve ser avaliado oralmente, também entendo que existem diversas formas de avaliar o conhecimento de um aluno até pela participação deste durante as aulas, considero ser esta a melhor avaliaçao da aprendizagem pelas perguntas e respostas que o aluno faz sem a pressão da palavra prova.
    Dislexia na moda.
    No caso do meu filho o seu processo de diagnóstico demorou 4 anos, naquela epoca dislexia não era "moda". Muitos médicos pediatras nunca tinham ouvido esta palavra.
    Depois do diagnóstico as escolas nos olhávamos como se fossemos ET's.
    Eu culpo o excesso de diagnóstico à alguns que de fato estão fazendo reserva de mercado, tanto que impedem o contato entre os pais, e ficam propagando a lista dos famosos e geniais, tendo em seus quadros garotos progapandas, estas associações não acompanham todos os diagnosticados por elas.
    Tenho depoimentos deprimentes,isso não divulgam, mesmo porque muitas famílias também se frustam, e desanimam, preferindo montar pequenos negócios para seus filhos sobreviver neste mundo letrado.
    A vocês psicólogos eu peço, atenção, não desacredite no disléxico, eles se esforçam demais para vencer algumas dificuldades ou aprender a conviver com outras.
    A palestra da camara, postada no blog fez e está fazendo muito mal a muitos, certamente por isso Luiza, a turma da briga se afastou,e algumas estão aproveitando as férias escolares para buscar tratamentos que melhorem a qualidade de vida dos seus filhos, outras cuidando dos estudos dos filhos que ficaram em recuperação.
    Ontém fui informadada por um neurologista que a palestrante não é pesquisadora do assunto,é pesquisadora e militante da área social,esse deve ser o motivo que a levou a retirar de textos complexos, somente pequenas frases que lhe interessava, sem esclarecer toda a pesquisa dos autores citados.
    No que tange ao comentário sobre biologia, meu filho que também assistia à palestra, e em fase final deste curso, riu... terá sido uma piada para ele?
    E quem disse a ela que disléxico rima letras? O que a levou a banalizar, e em tom jocozo perguntar se alguém rima letras?
    Fica a critério e julgamento de cada um, se houve o não o descaso e deboche,pela dor alheia.
    Mas a ciência não é estática.
    Já temos o tratamento do PAC,(proc.auditivo central) que tem ajudado muito, e o processamento visual que as associações não divulgam para os pais, mas uma pessoa de uma determinada associaçao que já estã usando os filtros coloridos, será porque? Pense... Luiza.
    Profissionais, cuidem dos seus clientes disléxicos, se inteirem do que eles sentem, e suas maiores dificuldades, exijam dos professores técnicas pedagógicas diferenciadas para os disléxicos, podem salvar muitos de desistir dos estudos, eles podem são competentes e capazes, mas precisam de apoio, principalmente dos professores.
    Será que um profissional, ou professor desacrita no cego ou surdo? Pois os disléxicos tem DPAC, não é surdo mas... os que tem distorções visuais não é cego mas... é um limbo.

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  30. Acho que há, agora, um denominador comum. Ninguém nega a dislexia como diagnóstico, certo? O que se discute é se precisamos do "enquadramento", necessariamente. Porque, assim, como a omissão pela falta de diagnóstico preciso, em muitos casos, o enquadramento pode se transformar numa "muleta" semântica, a desviar o real sentido do que se busca: acolhimento, compreensão e superação. O papel moderador da Alexandra tem aproximado extremos. Esse é o verdadeiro papel do educador, não acham?

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  31. Olá. Acabei de ler as ultimas postagens. Como disse anteriormente me solidarizo nas dificuldades de mãe de "Disléxico". Edna, poderia me enviar um email pra me me contar mais do tratamento do PAC. Estou pensando no todo , pode estar certa. Meu email: marialuisatravassos@gmail.com

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  32. Decerto que o maior dos problemas do ser humano, não seja buscar se aproximar mais da ciência, pois ela tem seu valor e serventia. É se distanciar cada vez mais da sua espiritualidade, sua inteireza. Não me refiro à religiosidade ou filosofias, por vezes vazias dentro de si. A "espirituosidade", a intolerância e as discórdias, são resultados disto. Muito pouco nos tem ajudado, saber sobre os novos estudos, definições e teses, se internamente a descrença e a desesperança nos estiver fazendo em pessoas mais amarguradas e insensíveis. Violentando a si e ao outro. Tanto empenho fazemos para defender teses, conceitos e opiniões que por vezes nem mesmo nós as afiançamos. Fosse assim e não teríamos motivo para nos exaltar em debates e discussões. O ser humano, deste modo e a cada dia, se dilacera em sua própria intolerância, brigando para provar a sua razão, lutando para comprovar a "sua" verdade. Interessante lembrar que a Verdade é inclusiva, doce e sustentável. Se estamos ao lado da Verdade não deveria haver motivos para ficar ou deixar alguém mais sob tensão e medo. A Verdade, não existe para ser provada. É para ser vivenciada e um tanto do sofrimento atual também tem a ver com este divórcio dela, porém, porque tanta depressividade e ressentimento vivemos? Certamente nosso papel no mundo não é para desunir, senão encontraremos inimigos diários e o pior deles sempre nos acompanhará: estará dentro de nós. As soluções melhores, dizem que surgem através do bom senso. É mais fácil entender e utilizar proativamente aquilo que nos une e não o que nos separa. É para isto a espiritualidade: me entender e me aceitar, para entender e só assim poder efetivamente ajudar ao outro. A partir de um patamar sustentável: acolhendo-o. Somos nobres e valorosos demais para se deixar levar pelas facilidades dos ataques desrespeitosos a nós mesmos.
    Sucesso para todos.

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  33. Prezada Alexandra,

    Gostaria de lhe fazer uma sugestão para fecharmos este debate: que tal perguntarmos sobre dislexia para um respeitado neurologista clínico de SP que tambem é portador de dislexia? Seu nome Prof.Dr.Eduardo Genaro Mutarelli professor da Faculdade de Medicina na USP.

    Seria interessante ouvir a opinião dele, vc não acha?

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  34. Paciência, Alexandra, paciência...

    Forte abraço.

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